VELHO

VELHO

Torno-me estranho

Porque me faço velho

Sinto a incerteza que cerca

Na carne viva

Na alma que grita

A beleza se desfolha

A pele se enrola

As forças se esvaem

No abraço da solidão

Busco no corpo jovem

A fonte da juventude

A irresponsabilidade do adolescente

A felicidade de não ficar só

Na ilusão equivocada do velho

Que vai murchando para fora

Mas se iluminando para dentro

Na certeza que a carcaça

Pertence a terra e a beleza a Deus

Escrito por Clemilza Maria Neves de Oliveira

Clemilza Maria
Enviado por Clemilza Maria em 29/09/2014
Código do texto: T4980413
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