O Silêncio do Medo.

Não existe apenas uma pedra.

Concepção axiologicamente pobre.

De uma ideologia liberal.

São centenas de trilhos cheios de curvas.

Com hermenêuticas irracionais.

Voltadas para metafísicas transcendentais.

Cujo objetivo é impedir as mudanças sociais.

São os sacerdotes do tempo de Salomão.

Profetas da contradição.

Vendedores de milagres hegelianos.

Exploradores da ignorância de gente simples.

Os indeléveis construtores da ilusão.

Desconhecem a enálage do fundamento aristotélico.

Vendem com empáfia suas palavras.

Com se fossem etimologias divinas.

Sem conhecer os preceitos do materialismo histórico.

Os inventores da misericórdia capitalista.

Fruto da anti-ilustração.

Sem exegese.

Empertiga o caminho natural das leis.

Levando ao fletir da esperança.

De um mundo melhor apenas.

Pela ilusão de uma crença.

Descabida a realidade das coisas.

A incompreensão das naturezas.

Não substancializadas.

A cegueira indescritível do infinito.

Como se deus tivesse algum problema.

Psicológico.

E necessitasse de ser contemplado.

Um ser que basta por si mesmo.

Completo em sua natureza.

Em referência a epistemologia gnóstica.

Sem proceder homiziadamente.

Pela natureza da vossa grandeza.

Não necessitaria de nenhuma contemplação.

Para efetivação do bem.

Por que então plantar a metafísica.

Idiossincraticamente.

Negando a hominalidade natural.

Ao mecanismo evolutivo da espécie.

O que deve ser refletido.

A natureza dos trilhos.

Desejam chegar às montanhas.

Por caminhos absolutamente desérticos.

O povo conduzido como rebanho.

Inexaurivelmente.

Morrerá por não encontrar o mel prometido.

Entretanto, os sacerdotes de Salomão.

Prevalecerão.

Como vendilhões ilusórios do desértico mundo.

Cuja natureza historíola a imprecação.

Das águas do rio Nilo.

A promessa de uma nova terra.

Leva ao imperscrutável silêncio.

De trilhos que determinam incansavelmente.

As voltas das próprias curvas.

Como mediação do milagre divino.

Edjar Dias de Vasconcelos.