VOZ POÉTICA

O vento escuta

a voz de minha

poesia, e a conduz

a longínquos ares

astrais; onde a minha

alma também aporta

para fazer moradia,

tão plena de líricas

edificações espirituais;

Faço poesia ouvindo

o canto da cotovia,

no frescor agreste

das tardes outonais;

a minha alma já voa

no passar da ventania;

espalha os meus versos

pelos ares siderais.

As vozes dos poetas

ancestrais no vento,

nutrem a minha poesia

do lirismo tão saudoso;

almas poéticas vivificam

o meu alento de poeta,

que se apraz com o próprio

canto laborioso; como

se essas vozes, cheias

de sentimento, nutrissem

(mais do que a minha

poesia), a minha alma

do amor tão virtuoso.

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 26/09/2014
Código do texto: T4976955
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