O grande paraíso dos que não sabem sorrir

Fui munido de arame farpado e dor,

a fim de separar, cindir mesmo os dois,

para que nunca se vissem: ego e amor.

Ora o ego dizia: isso é o fim,

eu preciso do amor para existir,

sem o amor não posso, não sou nada, enfim.

E ora o amor falava: assim não dá,

Sem o ego para sustentar, como serei

a âncora para trazer prazer, quem irá?

Ego e amor olharam-se; não pude ir,

não pude completar a minha viagem ao

grande paraíso dos que não sabem sorrir...

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)
Enviado por Mauricio Duarte (Divyam Anuragi) em 21/09/2014
Código do texto: T4970651
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