O fim do tempo.

Somos presas que o tempo consome,
E, sem piedade apaga nossas vidas e nomes
Em breve ou longo aceno, o tempo silencia...
Tristezas, felicidades, alegrias...
Fardos de saudades enquanto nos restam,
Quando nos restam!
Ambições desmedidas, descabidas,
Que sentido?
Preconceitos arraigados maltratando vidas!
Acúmulos de riquezas, avarezas inimigas,
Línguas temperadas com venenos,
Senso dos nossos pecados...
Onde estão?
O tempo emerge tão rápido
Na consumação dos nossos passos,

Nas arestas dos nossos dias
Alavancando nossos sonhos e poesias
Seria tão humano e verdadeiro!
Olharmos nossos irmãos de frente, pôr inteiro,
Antes que o tempo matreiro nos leve.
Norma Moura.