TEMPESTADE

Eis que se aproxima uma nuvem negra…

O vento forte bagunça os meus cabelos…

Ando sobre o manto negro de nuvens. O vento revolto, levanta poeira e mal posso enxergar o caminho.

Eis que um trovão anuncia que a tempestade em breve cairá.

Sinto o cheiro da chuva !

O vento continua a a bagunçar meus cabelos, meus caminhos, minha vida.

Vejo o brilho do relâmpago no horizonte… Mais uma vez ouço o trovão, mas onde está a água bendita?

Cadê a chuva?

Por que demoras a cair?

No céu os raios brincam e as vezes acertam árvores inocentes…

Galhos e troncos espalham-se por meu caminho… Mais uma barreira para

superar antes que a tempestade caia.

Caminho a procura de abrigo, não pretendo enfrentar a força da natureza, não quero me afogar nessas águas que descerão raivosas do céu.

Sinto o cheiro da terra molhada…

Nostalgia…

Sinto a chuva molhar meus cabelos, meu corpo… Lembranças.

O vento se enfurece…Raiva.

O céu se agita… Saudade.

Raios , trovões, água, vento…

Desespero.

O abrigo está tão longe…

meu corpo é açoitado pela água, caminho em meio a poças e lama…

Vejo um rio se formar aos meus pés.

Vejo o mundo correr a procura de abrigo.

Vejo todos desesperados …

Não compreendem a força da Natureza, não conseguem ver a fúria e a beleza que uma tempestade tem.

O show de luzes, cores e sons regido por água e vento carregada de

renovação…

A Tempestade surge quando a terra está muito suja, quando a vida está

muito complicada.

Ela vem com força, derrubando tudo, mudando mundos deixando a terra

limpa e fértil para novas plantações, emoções, sentimentos.

Em meio a Tempestade eu paro.

Em meio a tempestade eu paro…

Em meio a tempestade eu paro para ouvir meu coração.

G.Q.S

Rio; 06/01/12

Gisa Silva
Enviado por Gisa Silva em 19/09/2014
Código do texto: T4968541
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