MEU CANTO

De que se nutre o meu canto?

do choro dorido saudoso de alguém,

da alma débil, em cármico quebranto,

de alguém que me quer muito bem...

De que se nutre o meu canto?

da paisagem interior tão poética,

do espelho d'água cheio de encanto,

da poesia que se semelha à prédica...

De que se nutre o meu canto?

da paisagem exterior tão campesina,

da mãe ninando a criança num acalanto,

do olhar gracioso da linda menina...

De que se nutre o meu canto?

da paciência de alguém apenas ouvindo,

da eficácia universal do esperanto,

de alguém que me ama e já vem vindo...

De que se nutre o meu canto?

da vida pacífica entre almas regeneradas,

da emoção de alguém esvaindo-se em pranto,

do amor sublime entre almas afinizadas...

De que se nutre o meu canto?

do gesto nobre de amor à humanidade,

do auxílio à alguém que sofre tanto, tanto..

da humildade no exercício da caridade...

De que se nutre o meu canto?

da prevalência, não do mal, mas do bem,

do valor e bem moral tão sacrossanto,

de desejar o bem sem olhar a quem...

De que se nutre o meu canto?

de compaixão pela humanidade inferior,

da alma glorificada pelo Espírito Santo,

da Misericórdia Eterna do Criador!

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 19/09/2014
Reeditado em 13/12/2014
Código do texto: T4967792
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