Ser Ninguém
Bebendo cerveja,
Acendo um cigarro,
Escuto os gritos do silêncio,
E vejo a escuridão da luz,
A coragem do medo,
A carne e o desejo,
A secura da chuva,
A honra da corrupção,
A morte na vida,
O outro lado do outro,
A direção sem caminho,
O fracasso da realização,
O argumento da discórdia,
O animal homem,
Aquele que mata e se mata,
Que se joga e se larga,
Que constrói a destruição,
E segue chorando o riso,
No ganho da perda,
De um dia ser alguém.