A Lógica do Mundo.
O Significado do Homem.
Tudo que restará do homem.
Será tão somente a linguagem.
O restante a ficção do esqueleto.
O invólucro derretido.
A linguagem não tem alma.
No passado apenas a memória.
Solidificada no cérebro.
O homem.
Não tem nenhum segredo.
Apenas a fala.
As ideologias dela.
A projeção das mesmas.
Qual o significado do corpo.
A não ser a memorização do cérebro.
O referido é a mente.
A qual fundamental.
O entendimento do insignificado.
Acreditar em deus.
Quando o referido.
É uma ilusão do pensamento.
Acreditar em quê?
Na imensidão do vácuo.
Em anti-humanistas de plantão.
No murmúrio do silencio.
No esquecimento do tempo.
O mundo todo fechado.
Na mais absoluta ignorância.
O que somos?
Nada além de estrelas.
Apagadas.
Esperando pelo brilho do sol.
O mesmo se cansou.
Ao perceber a inevitabilidade.
Do seu dever.
Espera pelo tempo.
Sem resguardar seus segredos.
O que é o infinito.
O vazio se fazendo espera.
Sonhando.
Com o retorno da inexistência.
O universo.
Sem a significação do azul.
Esperando tão somente.
Pelo mundo das estátuas.
As ficções deletérias.
De sonhos apenas imaginativos.
Esse fato se repetira eternamente.
Em razão do tempo.
Formular-se pela sua ausência.
Como se algo.
Completamente inexistente.
O que de fato é.
A sonoridade da imaginação.
Qual o verdadeiro significado.
A esperança perdida na ilusão.
Como se a linguagem.
Tivesse alguma significação.
O mundo é apenas.
De certo modo sua ausência.
O mais profundo significado.
Etimologia do seu conceito.
Temericidade do silêncio.
A lógica que se repete.
Eternamente.
Edjar Dias de Vasconcelos.