A Prova da Inexistência da Alma.
A Prova da Inexistência da Alma.
Por trás de todas as observações.
Discerníveis ou não discerníveis.
Existe algo sutil.
Inatingível.
Inexplicável
A razão cognitiva.
O que se esconde.
Inexoravelmente.
Apenas a desconexão.
De uma exuberante força.
Indelével a imaginação.
Um grande segredo.
Acima da compreensão.
O mundo de certo modo.
Representa a elevação.
Da incompreensão.
A intuição de um grande mistério.
Cujo significado epistemológico.
Representa tão somente o medo.
De a realidade ser em vão.
A sutil intenção.
Melancólica.
Descrita mimeticamente.
É que tudo que existe.
Tem exatamente.
A mesma origem.
A finalidade é sua metamorfose.
Todas as existências.
Estão interligadas.
Interagem do mesmo modo.
Na formatação do cosmo.
Não se pode tocar.
Em uma flor.
Sem incomodar as estrelas.
O brilho da luz.
É a própria escuridão.
O cosmo essencialmente.
Apenas um grande mistério.
Naturalmente interessante.
O homem sente-se perdido.
Nas articulações inexplicáveis.
Dos grandes sintomas.
Os quais escondem os silêncios.
Das nossas frustrações.
A irracionalidade humana.
O desejo do homem.
Nada mais é.
Que compreender a origem.
O por quê somos apenas.
Quimicamente.
Células da replicação.
A vontade é sabermos.
Qual a origem.
Quando a alma.
Uma invenção ideológica.
Da linguagem.
Os restantes invólucros coletivos.
De onde é que viemos.
O que fomos antes.
Quando éramos apenas.
O infinito formulado na ausência.
Os segredos mitigam.
Os delírios.
De uma grande paixão.
Cujo significado sintetiza.
A loucura da imaginação.
O mais absoluto medo.
De sermos na prática.
Os sinais do nada.
Da eterna repetição.
O que de fato somos.
Um passa tempo inútil.
Das irrealidades.
O vácuo interminável.
Preso ao reflexo da luz.
A temperatura negativa.
De um princípio sem causa.
Por meio do gelo.
As primeiras partículas.
Na evolução dos átomos.
O mundo não foi feito.
Por ninguém.
O nada não se fez deus.
Mas tornou-se matéria.
Repete eternamente.
Mesmo na destruição.
Quanto ao homem.
Está preso nesse mundo.
Pela imposição da inexistência.
Quem vai cuidar do homem.
A não ser o peso da instituição.
A natureza não importa.
Nem mesmo com sua existência.
É indiferente a ela.
Do mesmo modo.
Todas as formas de vida.
Como se nada.
Fosse à constituição dela.
A vida apenas uma partícula.
Presa a imensidão do universo.
Sendo a finalidade.
Objeto de reciclagem.
Quanto a nós.
Como se não tivéssemos.
Existências.
O segredo uma interminável mistura.
Com a finalidade de atender a exaustão.
Das essencialidades.
Como refletiu pessoa.
O resto é gente.
Que pensa ser alma.
Complica, fala e vê.
Tira o sonho e a calma.
Entretanto, nunca será.
O que é não poderá ser.
De nada ter razão para ser.
A magnífica ilusão.
Edjar dias de Vasconcelos.