Eu sou fantasia...
Nem sempre fui assim; poesia...
Não ganho dinheiro; ganho alegria!
Tomei um banho de versos e me afoguei
Agora, esta sou eu; a de antes, eu nem sei!
Meu cabelo cor de fogo demonstra as emoções
Há quem questione o colorido; eu não devo explicações!
Vermelho, cor eletrizante, sentimento a flor da pele sempre...
Toda vibração desviei para a arte; a poesia que me aguente!
Como me desenhar e esconder este deslumbramento?
Lua, rua e alimento, e até as vozes são a lira do momento...
Meu sorriso escancarado no espelho está dizendo não chore...
O meu olhar inerte liberta as lágrimas, mesmo que eu implore!
Recolho todas estas emoções e fico pelos cantos sorrindo...
A tristeza vai virar um poema; e a minha figura vou esculpindo.
A cada manhã eu desenho um pouco de mim; linhas sem fim...
Sou ave que quer voar longe, porém as asas são curtas; ai de mim!
Para todos entrego o meu sorriso eterno;
tento florir o teu inverno!
Não é falsidade,
parece que mesmo chorando o meu sorriso se abre...
Odeio o meu rosto quando sério. Utopia?
Vi que eu nasci para ser mistério...
Como me definir? Mulher poesia,
que insiste em viver numa eterna alegria!
Fantasia...
Janete Sales Dany