NAVEGADOR
Quando minha vida
foi inverno, cultivei
um rio de lágrimas...
Nele naveguei
meu corpo, barco
sem vela e sem
destino zarpei...
Quase soçobrei
nas procelas dos mares
mais temidos e os mais
longínquos recantos,
toquei...
Quando em minha alma
se fez primavera, meu
corpo virou caravela e
sequei todo meu pranto...
Viajei por novos recantos
até que encontrei vida nova,
ilha bela... e aí fiquei...!