Eu deveria ter apagado a luz da lamparina
E olhado o céu por mais tempo,
Por muitos céus que passaram por noites
Em que eu carregava a lamparina
Para olhar as coisas do mundo.
 
Não que eu pudesse encontrar nos céus
Algo que estava em lugar nenhum;
Não me teria ajuntado a tantas desnecessidades
Expandido vazios na alma
Olhando um céu exíguo na face do mundo
Avara ao refleti-lo.
 
 
Apago a lamparina, apago, apago...
Apago o sopro de acendê-la
Apago tudo ao céu que se desmancha...
 
Apago, tardiamente.
(adiaram-me a viagem?)!
Por fim, apago.
Ana Liss
Enviado por Ana Liss em 10/09/2014
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