Breve viagem

"Cá estou me adentrando nesta

grande viagem pelos versos

poéticos e majestosos

Que exalam o fio da minha vida de

maneira trabalhada, deixando em

suas estrofes rastros misteriosos

Rieu, vos me acompanha a minha

ida até a Veterana de vida e o

Arguto tio

Na volta, em noite madura, a alma

dança conforme a música e ao

plangor sutil

A melancolia não é como tempos

passados, onde o Eu estava com

o caos impetrado

Hoje me encontro em uma paz

pouca definida, de sobrepujo e

sobejo aprendizado

Caminho pelas ruas do meu bairro

e ao mesmo tempo passeio pelas

planícies da mente

O gélido vento choca meu corpo

enquanto a brisa ecoa a erudita

nos confins do inconsciente

Olha as fases que passei, das

várias aventuras ao inferno e das

raras entradas ao céu

Observo os meus estados

emocionais e sempre há um juiz

severo e um pobre réu

Dou risadas da estupidez, quem

tem a astúcia de perceber que

brincamos de deus toda hora?

Não nos colocando no lugar dos

outros, cegos por crenças e

mandando a razão embora

Não sou Spinoza, ó grande pai

desta faculdade, mas procuro

evitar alienação pela emoção

Buscando o equilíbrio e prudência

na vida, questões que faltaram

para a glória eterna de Napoleão

Prossigo com a jornada e vejo o

singelo vale rochoso, e acima, a

lua e sua pluma de luz

Paro e reflito, outrora meditarei

sob esta rocha, agora o violino e

piano são quem me conduz

A longa avenida me leva para

casa, depois deste lindo trajeto

e delirante

Este poema é um breve resumo

da noite, arranca lágrimas do

Eu empolgante"

Moraes IV
Enviado por Moraes IV em 09/09/2014
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