A quem pertence?

A quem pertence?

De quem são as terras em que habito? Seriam dos índios que aqui moravam...

Em quais corações me faço presente? No de minha mãe tenho certeza...

A alegria da vida e a certeza da morte? Estão presos num intervalo de segundo...

A quem pertence?

O direito de exigir, a vontade de não abandonar...

A tua vida, teus costumes e teus gostos, a quem pertence se não a ti!

Este planeta e teus filhos, um pertence a outro ou outro pertence ao um? A quem pertencemos, afinal?

De que vale ter milhões e não ter conhecido teu avô?

A beleza a quem pertence?

O gosto insano pela bebida nos faz pertencer a quem?

Teu corpo e tua mente são escravos de quem?

Minha saude está viva no alimento ao qual pertenço!

E se não pertenço a nada disto é porque pertenço ao amor.

(Roberto Castro, 2014; poesias)