A SAUDADE FICOU ESCRITA NO MEU OLHAR.

Eu fico a direcionar o meu olhar, e sinto que já não me habito no teu mundo, sinto no fundo, que por uma fração que seja de um segundo, eu já me perdi de algumas pessoas, em alguns momentos de emoção, e que assim de alguma maneira faria de tudo pra ressurgir e nos recompor, quem sabe até me fazer entender de outra feição, na melhor sublimação do que eu era, e de como me tornei um sonhador.

Lamento que eu tenha me deixado levar, mesmo que por um breve momento intemporal, mas, que não desisti de falar que amei, e que desejei estar unido com ele, e de como hoje nada é igual, transformador no olhar, e no enxergar, que já existe um espaço enorme, que não nos estimula a nos aproximar, e sim do nosso orgulho que parece que nunca irá mudar.

Nenhuma ignorância vai me trazer desconhecimento, mas que em nenhum momento, vem me causar uma consternação, muito menos vai me tolher de persistir. Nenhum contratempo vai me desviar do meu caminhar. Nem o silêncio em seu segredo vai me emudecer, e na minha luta eu vou continuar. Pois nenhum medo vai me fazer parar de sorrir.

É como a execução de um trecho musical, ao perceber que nas rimas de cada verso em uma canção, é um arquivo pessoal, e o solene acorde em sons da pequena frequência de uma voz, em registro de acepção, é como admirar em cada uma das estrelas o seu cintilar, no fragmento de uma luz em esplendor, que propicia um sorriso em cada rosto acolhedor, para não persistir no espaço da saudade, e que não se faça no silencio de uma morada, uma unidade, adiante de uma partida postergada.

Marcus Paes
Enviado por Marcus Paes em 09/09/2014
Reeditado em 14/12/2017
Código do texto: T4954935
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