Quem é o Homem.
Quem é o Homem.
Quem é o homem.
Apenas um agregado de átomos.
Continuidades de células.
Por dentro um invólucro químico.
Substancialidade perpétua.
Na sua interminável repetição.
Quem é o homem.
O desejo não repetível.
De sua formatação individual.
O erro da continuidade ideológica.
Como forças intuitivas.
O medo permanente.
Do insignificado.
Seus modelos paradigmáticos.
Perdidos no tempo.
Nas idiossincrasias metafísicas.
O invólucro.
Diferenciado apenas.
Pela linguagem.
Que é diversa.
Imaginativa e empírica.
Reformulada pelo tempo.
Na produção dos paradigmas.
Superativos pelas irrupções.
Sintáticas.
Quem é o homem.
Uma combinação química.
Evolutiva.
Na adaptação Geoastrofísica.
A replicação dele mesmo.
Na relatividade do tempo.
A superação do próprio elo.
Que é ele mesmo.
Mecanicamente.
Ao longo dos milhares de séculos.
Objetivando sua eliminação.
Quem é o homem.
Uma sombra distante.
Sem destinação.
Como resquício de seus sinais.
Preso aos desejos da não superação.
Mas o homem é uma produção química.
Que destina se sua eliminação.
Queiramos ou não.
O significado multiplicativo.
A mais absoluta ilusão.
O que define o homem.
É o seu instante.
Interpretativo.
Contaminado pelo tempo cultural.
Dos seus mecanismos de sínteses.
Aos erros da fantasia mecânica.
Das individualidades.
Reclama da sombra.
Que restou a ficção.
Projetiva aos sonhos.
Como se as ideologias.
Representassem as possibilidades.
O que sobrará.
A normatização parcelada.
Do término.
De cada momento.
Improdutivo ao futuro.
A conjunção de átomos dissolvidos.
O homem é dissolução.
Da magnífica replicação.
Da sua natureza química.
A eternidade do nada.
O homem é o significado do mundo.
Mas o mesmo não tem significação.
A não ser a representação.
Do desejo impossível.
Da vontade da imaginação.
Edjar Dias de Vasconcelos.