Síndrome de Estocolmo
Culpa qualquer um carrega
E eu me culpo por não sentir culpa
Tentei e fui tentada
Abri brecha na minha muralha
A ficha caiu e com a queda
Prós e contras, sim e nãos
Crimes perdoados, mas nunca esquecidos
Mea culpa… - diz o frágil coração
Vade retro! - diz a sábia razão
Por não ter duvidado de mim mesma
Por ter acolhido tão calorosamente meu algoz
Me encontro em cima de um muro cravado de espinhos
Como quem convida o perigo a adentrar
Dando-lhe controle e poder sobre mim
No ciclo infinito de idas e vindas
De falas, faltas e falhas cometidas
Ver até onde chega, ver até onde vai
Simpatizando com o diabo encarnado
Que tanto me acolheu em seus braços
Em sua falsa, mentirosa e corrupta luz.