Rastros

Minha alma,

como um bloco imensurável de concreto,

desloca-se lentamente.

Pesada.

No seu rastro, alguns fragmentos...

ao que algumas pessoas chamam de poesia....

Minha carne, frágil,

já não é a mesma de ontem.

Morre todos os dias, morre em urgência,

E sinto que onde eu estava

já não existe mais.

Minha mente,

como se em chamas suportáveis,

observa a tudo e a todos,

os prazeres efêmeros e os desgostos,

parece suspensa em algum lugar

que não é meu corpo...

e permanece imóvel

em amarga consciência.

Ricco Salles
Enviado por Ricco Salles em 05/09/2014
Código do texto: T4950836
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