Libido

Essa mania de querer ver sentido

Nesses encontros de rio e canoa;

É só a lógica matreira em sua libido,

Excitando a fraca mente da pessoa...

Aliás, deve ter sentido até, excitar,

Sem expedição, para quê o mapa;

Mas, a lógica insiste em não me dar,

Sophia matreira sempre me escapa...

Digo, a civilização se perdeu na mata,

Ou, jaz acossada sem saída no beco;

maus a pleno pulmão dizem na “lata”,

presumidos bons, engolem em seco...

os loucos estranhos ofertam fomento,

para que loucura planetária aconteça;

não podem mudar alheio pensamento,

vencidos separam corpos das cabeças...

assim, os loucos de cá posam de hígidos,

folgam na existência de um louco pior;

riem comensais nesse banquete lógico,

onde usam mentira qual martelo de Thor...

nos fazem escolher entre ruim e péssimo,

tecem seus elogios à beleza do sistema;

dizem que estou com tudo, sou o máximo,

defender a minha liberdade é o seu lema...

se olho para o alto piso na bosta da vaca,

se grito sou louco; se silencio, sou omisso;

eu nunca quis posar pro atirador de facas,

mas, os donos do circo é que forçam a isso...

sei, mesmo altos estão mui aquém do teto,

acima deles há Um que vê a sua lambança;

a Terra está grávida, mas, já chuta seu feto,

vai chutar os safados, mantenho esperança...