VISÃO DE POETA
O poeta canta no seu canto
o desencanto de um triste
encontro do "ser" e do" ter".
Dois verbos em confronto
desde que o homem é homem
e a aurora é o alvorecer.
Desde que o vento é vento,
o poeta canta o lamento
do homem de pés e mãos
acorrentados conjugando
o verbo ter, e deixando a
vida sem cuidados.
Desde que o mundo é mundo
o poeta aponta um olhar
profundo para se viver os
minutos sem esquecer os
segundos.