Chuva

Outra chuva cai, trovões e pensamentos

imagino em cada gota um sentimento.

Será que alguns olhos brilham, com cada gota que desce?

Ergo os meus aos céus, e faço uma prece.

A qualquer deus que exista,

no universo e no inverso

que sempre nos dá e nos tira

exibindo seu prazer perverso.

E a chuva como rajada

e cada trovão como um tiro

acerte a queima-roupa toda mágoa

e traga um novo destino.

Depois a calmaria chega,

como uma caneca de cerveja.

que de forma amena e discreta,

acaba temporariamente com a tristeza.

Seria mais sensato?

Pergunto, sem nenhuma certeza:

Lavar a alma na água da chuva?

Ou viver na estiagem da tristeza?

Márcio Filho
Enviado por Márcio Filho em 01/09/2014
Reeditado em 09/08/2017
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