Chuva
Outra chuva cai, trovões e pensamentos
imagino em cada gota um sentimento.
Será que alguns olhos brilham, com cada gota que desce?
Ergo os meus aos céus, e faço uma prece.
A qualquer deus que exista,
no universo e no inverso
que sempre nos dá e nos tira
exibindo seu prazer perverso.
E a chuva como rajada
e cada trovão como um tiro
acerte a queima-roupa toda mágoa
e traga um novo destino.
Depois a calmaria chega,
como uma caneca de cerveja.
que de forma amena e discreta,
acaba temporariamente com a tristeza.
Seria mais sensato?
Pergunto, sem nenhuma certeza:
Lavar a alma na água da chuva?
Ou viver na estiagem da tristeza?