Rumo ao Luar
Um grito pelo breu,
Na ribalta luzeiros,
Letras de um abecedário
Incomum aos olhos
De quem apenas lê,
Metamístico aos olhos
De quem sente...
Sente-se vívido!
No afeto de um abraço,
Na essência de um beijo
Seja tão somente na face,
Ou dos confins de uma prece,
Toda canção virá da chuva,
Do olhar matejado
De onde à lágrima fala por si,
Pelo impulso do pulsar,
Pelo amor de semear,
Pelo amor de colher!
Assim como a manta
Aquece o corpo
Em tecidos de dançar,
O lábio silencia, encanta-se
Na proximidade do cálice
Inundado, quiçá, pela fruta mordida,
Sabe-se da esperança,
De único gole onde nau
Nos leva ao luar!
27/08/2014
Porto Alegre - RS