Vasilhame
Por carlos Sena 

 


Do passado não quero seu vasilhame.
Do presente tudo que me serve é viver,
porque de tudo que viver me permite
ser feliz me fascina
e o passado que durma e não reclame...
Ao passado que dorme
ofereço terço e novena...
Ao presente pão e patena,
para que o futuro não se perca em si
e amanhã não se chore
se perguntado:
por que vivi?
Assim, de frente pra vida
digo ao passado que não me chame...
Pois se da noite escura 
bebo toda a madrugada,
do passado eu não quero, sequer,
o vasilhame...