SILENCIO
SILENCIO
Calo a boca, por que meu corpo fala.
O silencio que me coloco consome e me sustenta.
Minha alma chora escondida dentro de mim.
Vencida pelo cansaço e pela dor.
O silencio precisa acontecer
Para o tempo descobrir-me
É nele que vou modelando o caminho que quero.
Formulando a apresentação da convivência
Procurando um motivo que prolongue minha história
De poder andar pelas ruas novamente
Sem queimar-me no sol, ou congelar-me na lua.
Resolvi vasculhar minhas gavetas
Escutar o palpitar do meu coração que se agitou
Quero estar com a casa pronta
Deitar esperanças num silencio de carinho
De quem encosta a porta só um pouquinho...
Escrito por Clemilza Maria Neves de oliveira