LADRÃO DAS HORAS... de Saltimbanco a Menestrel.

Feito Saltimbanco

Assustou à praça todo povaréu.

Pedia-lhes as horas,

Roubando-lhes a pressa de passar.

__Roubei sua hora, para um sorriso ganhar.

__Roubo-lhes as horas para lhes dar tempo.

Tempo de olhar o tempo e a vida:

Se vai chover; o brilho e o calor do sol;

As flores a se abrir; a cor dos olhos da amada.

Saltitante... fez toda rotina mudar.

Prisioneiros do tempo...

Numa rotina sem razão,

Marcamos as horas e o tempo de nossas vidas

Esquecendo de marcar nossa existência no tempo.

Mais e mais transeuntes voltaram ao seu bem estar.

Não mais escravos das horas, felizes,

Despiam-se de suas vidas vazias.

Ensinou-lhes assim a ver a vida,

A praça e o tempo com emoção!

E todos traziam agora, no olhar,

O brilho de quem sabe ser feliz...

Aprenderam a usar o seu tempo.

__ Vivamos o tempo, não as horas.

Só há um tempo teu: o agora é sempre!

Tempo de chegar, de ir embora.

Quem vive seu tempo faz história!

__ Roubei suas horas, ganhei lágrimas de emoção.

Marquei a minha e as tuas vidas...

Fiz história num tempo exíguo de nossas existências,

Marcada n’alma, jamais se esqueceram...

Sorrindo... saltou o Saltimbanco.

E o homem que roubava horas

Fez-se agora Menestrel de Ilusões.

* Reeleitura reflexiva de uma linda história...reinventadada em versos.

TEU MENESTREL
Enviado por TEU MENESTREL em 24/08/2014
Reeditado em 30/08/2014
Código do texto: T4935104
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