LOUCURA SENSATA

LOUCOS SENSATOS

Entre tantos raciocínios rápidos,

que hoje ocuparam minha mente

percebi os questionamentos do meu subconsciente

Um deles certamente foi;

Um louco sensato ou um desequilibrado nato?

Busquei classificação pra mim mesmo

Mergulhei no meu interior

Suava enquanto pensava, mas que porra eu sou?

Será que sou um louco varrido ou sensato demais para ser entendido?

Então me veio à mente

O que será que um louco sente?

Mais uma vez outro sentimento indagador,

O que seria loucura?

Pra saber se louco sou...

Perguntas demais, indagações preocupantes,

louco seria eu e sensato meus semelhantes?

Não!

Recusava-me a aceitar, que sensatos seriam,

os que se recusam a amar e que loucos seriam o que seguem suas emoções

Onde estaria à sensatez dos que seguem as regras?

Onde estaria às normas que fazem do dito louco um imoral?

Haveria loucura em desejar o abstrato e buscá-lo arduamente?

Seria insensato seguir o coração?

Coroar uma rainha cobrindo a de paixão?

Loucos como eu, loucos como tantos,

todos providos dos seus encantos,

fascinantes por si só

Loucos varridos, perseguidores de sonhos

Sensatos pessimistas medonhos

Pessoas sem saber o que querem,

o que buscam

ou sequer o que preferem.

Essas seriam loucas ou sensatas?

Na angustia de classificar minha linha de equilíbrio

descobrir as melhores formas de convívio

Fiz minhas próprias opções;

Irei à busca sempre de tudo que meus olhos ofertarem ao coração,

desritmando a pulsação

Tudo que possível seja me fazer sorrir ou chorar,

estarei disposto a encarar

Louco ou sensato?

Forte ou fraco?

Já nem sei quem sou

mais hoje

Ah hoje sei...

O que quero o que busco e pra onde vou...

O sensato, quando ele se aproxima

eu viro a primeira esquina,

esquivo-me rapidamente

pra que ele de forma alguma,

encontre o caminho da minha hoje livre mente

Mente liberta, sadia e disposta

crente e ávida por momentos melhores

construções maiores,

realizações jamais orquestrada por outro louco

sequer sensato fosse menos ou mais um pouco.

Instinto, palavra que hoje me define

Eu os sigo e os vivencio

Com eles aprendo a separar o joio do meu trigo

os maus dos bons

ou simplesmente o amargo do doce

Doce antes todos fossem

Loucos de coração.

Um maluco beleza,

vivendo na sua ilha,

pra alguns o seu harém

outrora me via assim também

mas hoje o maluco beleza

ta menos lúcido com certeza

e disso muito se orgulha

Um louco que às vezes faz rir

ou um demasiadamente sensato e franco

sem encantos que faz chorar.

Assustador aos olhos de alguns

São algumas de suas posturas demasiadamente amorosas

outras inexplicavelmente duras

As duvidas vão se dirimindo

as definições vão se maturando

se encaixando por si só

Louco, louco, louco

Os que conseguirem compreender-me,

certamente são dignos da minha sensibilidade

Os que preferem me julgar maldosamente;

Os "sensatos" esses são por de fato

os malucos sem beleza nem pureza alguma

os desprovidos de fé e compreensão

estes haverão de vagar

pelas lacunas da indefinição

e eles jamais em instancia ou hipótese alguma

ao meu lado andarão

Porque eu!

Eu sou louco pelo que sinto,

por externar o que realmente penso

e por buscar o que as vezes desconheço,

mas a loucura, a sensatez...

Ambas têm seu preço...

Sergio Badbah
Enviado por Sergio Badbah em 24/08/2014
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