DA CRUZ DA COBIÇA
Escute-me homem!
Por mais que tu queiras
De teu ser, ser além
Ou talvez, outro alguém...
Sei que nunca terias
O céu azul em teus dias
Nem o sol a brilhar
Sobre as ondas do mar...
E também não verias
A intensa luz que mantém
Como o astro ao luar
As noites que a ti convêm...
Por entre os laços de nós
Existem fatos e acasos
Perante aos nós dos ilhós
Os atos que nos contém...
Submissa aos ocasos
E certamente a sós
Atroz... É a cruz da cobiça
Que não se ajusta em nós!
Autor: Valter Pio dos Santos
18/Ago/2014