MOTIVO VIVO

Ando pelas ruas e ao meu redor tudo observo.

Procuro um alvo, miro, atiro, mas erro.

Sempre esse eterno e odioso marasmo.

O mesmo digo dessa presença na boca de asmo

Que me persegue, segue, prossegue e deságua.

E o que eu posso fazer?

Se não vejo graça em tudo.

Se não vejo graça em nada.

Se não vejo graça em tudo-nada.

Se ando em círculos atrás de fantasmas.

Sobrevivendo da cristalização de qualquer utopia.

Eu sei que pode ser incoerência, demência ou autoclemência

Nesse caso eis que surge a interrogação:

Qual o motivo por que vivo então?

Zaymond Zarondy
Enviado por Zaymond Zarondy em 15/08/2014
Reeditado em 04/10/2014
Código do texto: T4924206
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