Poema-democracia.

O ajustado e o desajustado;

o corcunda e o ereto;

o confuso e o destemido;

o preto e o branco;

o beato e o herege:

o poema permite-os igualmente,

no mesmo arranjo.

O poema suporta a todos

e os leva ao mesmo encontro: o buraco – para lembra-los

que toda boca boceja quando tem sono.

E que os significados podem ser outros.

Felipe Conti
Enviado por Felipe Conti em 15/08/2014
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