Descrição de agosto
Dor absoluta
Coração absoluto,
taquicardia.
Respiração ofegante,
pulmões arbóreos,
silêncio entre palavras
Olhar horizontal e passadiço,
audição oblíqua,
reticências táteis e
mãos duplas irreversíveis
Uma sobrancelha se espanta,
a outra apazígua,
uma boca verborrágica
palavras e palíndromos
tudo perfeitamente
encaixado no cenário poético
do fim de tarde.
Alma abstrata.
Corpo concreto.
Sentimento etéreo,
corpo efêmero,
o que eu senti
continua e continua
impregnando coisas no caminho.
O que eu fui
continua
mutando, metamorfoseando
transformando-se
ora em cristal,
ora em pérola...
ora em excremento
ou trégua.
O metabolismo é uma
equação misteriosa
entre a vida e a morte
Na gangorra química
de altos e baixos que
segue a alma gotejando
lágrimas, suores e sangue
por cima
de tragédias cotidianas.
Na alcova
no silêncio inerente
conversando com as fronhas
contabilizando sonhos
pueris
de uma infância abortada.
Sigo retilínea
ainda que nas curvas
corto atalhos.
faço prosa de versos...
e versos em prosa.
Corro o risco de ser risível...
mesmo que seja pela breve
a alegria de rir de um
paradoxo.
Dor absoluta
Coração absoluto,
taquicardia.
Respiração ofegante,
pulmões arbóreos,
silêncio entre palavras
Olhar horizontal e passadiço,
audição oblíqua,
reticências táteis e
mãos duplas irreversíveis
Uma sobrancelha se espanta,
a outra apazígua,
uma boca verborrágica
palavras e palíndromos
tudo perfeitamente
encaixado no cenário poético
do fim de tarde.
Alma abstrata.
Corpo concreto.
Sentimento etéreo,
corpo efêmero,
o que eu senti
continua e continua
impregnando coisas no caminho.
O que eu fui
continua
mutando, metamorfoseando
transformando-se
ora em cristal,
ora em pérola...
ora em excremento
ou trégua.
O metabolismo é uma
equação misteriosa
entre a vida e a morte
Na gangorra química
de altos e baixos que
segue a alma gotejando
lágrimas, suores e sangue
por cima
de tragédias cotidianas.
Na alcova
no silêncio inerente
conversando com as fronhas
contabilizando sonhos
pueris
de uma infância abortada.
Sigo retilínea
ainda que nas curvas
corto atalhos.
faço prosa de versos...
e versos em prosa.
Corro o risco de ser risível...
mesmo que seja pela breve
a alegria de rir de um
paradoxo.