UMA PONTE, ALÉM DA ESCURIDÃO

Por amor às estrelas

Varo a madrugada

Sob o sereno, alma molhada,

Só para vê-las.

Por amor à poesia

Vasculho minha alma de noite e de dia

Em busca de inspiração.

Às vezes encontro. Às vezes encontro um não.

Por amor ao mar

Passeio sobre as areias ardentes,

Passam barcos, passam gente,

Mas não me canso de só olhar.

Por amor aos sonhos,

Caminho só, tristonho,

Noites em claro, escuro está,

Para ter ainda com o que sonhar.

Por amor de mim,

Trago comigo um pedaço de espelho,

Sorriso calado, menino velho,

Rimando e sonhando até o fim,

Até, quem sabe um dia,

Do outro lado do abismo, além dessa escuridão,

Alguém, chamando pelo meu nome,

De repente, me estenda a mão!

Jonas De Antino
Enviado por Jonas De Antino em 15/08/2014
Código do texto: T4923434
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