EXISTÊNCIA

Nem tudo que se vê é o que realmente é...

As estrelas nem sempre são planetas ou sóis???...

O eterno parece às vezes não durar um segundo...

O que realmente se quer da vida?

A liberdade às vezes parece uma utopia envolvida

em papel de chocolate.

O que se quer da existência?

A não ser que ela seja sublime e sem dor...

O que é o homem?

Um animal pouco mais

evoluído que os outros animais?...

Como ser?

Por que ser?

Se quase sempre o que vale

É o que carrego em meus quase limpos bolsos...

Ou o volume ignóbil de minha algibeira.

Como um vago devaneio rondo as noites, em busca

de que não sei.

Por que saber?

Se não sei, não sofro. Não choro as dores do que

não sinto-vejo.

Como eram belas as flores de cera, quando eu não

conhecia o perfume das vivas flores.

Hoje... sinto falta do rio, e nem ao menos sei nadar...

Sinto falta do mar, mesmo odiando o sol me queimar.

Como é triste a incerteza, o não saber, o saber...

Como é bela a vida que segue por ela mesma.

(04/04/2005).