Qual o significado do mundo.
Qual o significado do mundo.
O mundo poderia não ser o mundo.
Tal ideia não é descabida.
O universo poderia ser apenas aberto.
Escuro e infinito.
Interminavelmente.
Em todos os aspectos.
Em universos contínuos.
Então o que seria o mundo.
Apenas sua extensão.
Sem leis gravitacionais.
Ausência de tudo.
Suas não significações.
Mas o mundo em sua excelência máter.
Constitui em sua negação.
Sendo a realidade de certa forma.
Sua ausência como forma e força.
Desse modo o mundo.
Não é ele mesmo.
Confirma se a inexistência.
De todas as coisas existentes.
O que é o ser?
Sua negação como ficção.
Existe apenas o conceito.
Como formatação ideológica.
Se o mundo não é o mundo.
Se tudo que existe.
De certo modo não existe.
Pergunto qual o significado.
Da substância.
Refiro as definições aristotélicas.
O ser é a ausência de seus entendimentos.
O medo deles.
Então como existir deus.
Quando não existe sequer a matéria.
Pergunte a um rinoceronte.
Qual o significado de deus.
Seria como perguntar uma pedra.
Pergunte a um chimpanzé.
Qual seria sua resposta?
O homo sapiens.
Durante milhões de anos.
Em sua acepção de hominídeo.
Primitivo.
Tudo que perguntasse a ele.
Seria como se fizesse uma pergunta.
A uma estrela brilhando no universo.
Ele transava com mãe.
Com as irmãs.
Primas e tias.
Como atos normais.
Não era possuidor da linguagem.
As cordas vocais.
Estavam em evolução.
Como vítimas do fenômeno.
Do bipedalismo.
Sexo como pecado.
Foi o resultado.
Da produção ideológica dos deuses.
Tribais.
Os homens precisavam das alianças.
Devido guerras constantes.
Então comercializava a mulher.
Trocando entre tribos.
Formando alianças políticas.
O sexo depois da invenção.
Da linguagem.
Transformou-se em um mecanismo.
De opressão.
Do mesmo modo em exploração econômica.
Refiro especificamente.
Após a criação do Estado.
A mulher pobre.
Serve para parir o pião de fábrica.
Esse é o grande objetivo do mundo.
Mas o mundo não significa nada.
Além da ilusão da sua reprodução contínua.
Tudo que existe é apenas uma repetição.
Interminável.
Como se existisse alguma coisa.
Para as coisas serem eternamente.
As mesmas coisas.
E do mesmo modo não serem nada.
Eternamente.
Repete se o princípio da inexistência.
Como se fosse à existência.
Em uma brincadeira incansável.
Da formulação do nada.
Autor: Edjar Dias de Vasconcelos.