A PAIXÃO
De tanto pensar quase morro
Foi um deslumbramento
Que me endoidou o coração
Longe do estéril turbilhão da multidão
No aconchego do silencio, da paciência.
Nas ruas de ninguém
Que uma paixão febril devorou-me
Ouço seu murmuro
Seu coração que pede
Mais amor, mais paixão.
Não há meio termo
E... Eu dou.
Quero compor um soneto duro dissonante
Mas seu amor vem com fúria
Com carinho, compreensão.
Na penumbra seus lábios tocam-me
O medo reagi, covarde, inseguro.
Faz-me retroceder
Eu a amo, fato!
A sinto mulher...
Mas seu amor me consome
Calcina minha alma
E eu escondo no ermo do meu coração.
Escrito por Clemilza Maria Neves de Oliveira