Do Que Eu Não Vi.
Por Carlos Sena
Vi girassóis às tontas
perdidos na sombra da noite.
Vi, em cada noite, as giras nos seus terreiros
implorando milagres em troca de oferendas.
Vi o passo e o passado
Vi as rendas e os bordados, qual um fado,
no corpo de um noiva triste.
Do que eu não vi,
saltou-me aos olhos o futuro.
Qual furo de noticia
vi a malícia do mundo a esmo
dizimando a tantos
sem meio termo.
Também não vi flores no meio da estrada,
mas cansados bem-te-vis
bem-te-vendo, na fonte,
em cada esperança despencada do horizonte.
Por Carlos Sena
Vi girassóis às tontas
perdidos na sombra da noite.
Vi, em cada noite, as giras nos seus terreiros
implorando milagres em troca de oferendas.
Vi o passo e o passado
Vi as rendas e os bordados, qual um fado,
no corpo de um noiva triste.
Do que eu não vi,
saltou-me aos olhos o futuro.
Qual furo de noticia
vi a malícia do mundo a esmo
dizimando a tantos
sem meio termo.
Também não vi flores no meio da estrada,
mas cansados bem-te-vis
bem-te-vendo, na fonte,
em cada esperança despencada do horizonte.