Sepulcro da consciência
O grito
Ecoou, expandiu-se
No último minuto do meu desespero
Chegou neste fortuito
Sem saída
Sem medo
Sem êxito
Sem vesgo
O espaço tornou-se branco
E sem cheiro
Dor profunda, única, infinda
Lançaram-me algemas
Ninguém pode conter
Essa contenda
Ataram-me vendas
Insípidas, indolores, sem amores
Escuridão sagaz
Cegueira silenciosa
Jogaram-me terra
Úmida, impura e imunda
Sem perguntas a fazer
Sem respostas a receber
Tornei a nascer