UM DIA QUE FICOU NA HISTÓRIA
(fim da Portelinha de Aracruz)
Que sirva de exemplo a outros
Que isto fazem por aí
Invadem terrenos alheios
E constroem para si.
Casas novinhas em folha
De antenas parabólicas
Foram arrancadas aos montes
Parece coisa diabólica.
Quanto sofrimento
Poderia ser evitado
Se antes estas pessoas
Tivessem escutado
A voz das autoridades
Que avisaram reclamantes
Que não construíssem ali
E que pensassem antes
Tratores quebrando tudo
Crianças e velhos chorando
Repórteres escondidos
A tudo fotografando
Armas e Bombas de efeito moral
Tropas armadas até os dentes
Pra expulsar homens desarmados,
Mulheres e criancinhas inocentes.
Mexeu com o mundo inteiro
“Direitos humanos” sentiu
Prefeito “sartou” de banda
E culpou outros do feitio.
Mas se querem a opinião
desta sua serva, Desculpem
mas,“Quem procura sarna acha,
Mesmo com boas desculpas
Pois se foram avisados
Para deixar o povoado,
Porque é que insistiram
Povo teimoso e levado.
Agora fica esta história Triste
E o episódio de horror
Quem assistiu ainda insiste
Que o prefeito é quem errou
“Coitadinhas das pessoas
Que perderam suas casas!”
Vão ganhar casinhas novas!
Mas a lembrança não passa.
Vão lembrar pra sempre disso
Deste dia horroroso.
E quem não tinha nada com isso,
Com sentimento doloroso.