Alegoria de uma Caverna.
Alegoria de uma Caverna.
O ser Humano.
Encontra-se mergulhado.
Como prisioneiro.
De uma grande caverna.
Com as costas para entrada.
Principal.
Tudo que enxerga.
É tão somente um cone.
Como se a realidade.
Fosse à extensão.
De um indescritível buraco.
No final do mesmo.
O reflexo de uma miniatura de luz.
O entendimento.
O florescimento de tal ponto.
A única realidade possível.
A imaginação não é capaz.
De superar a idealização.
Do foco indesejado.
Com efeito, abertura luminosa.
Projeta a distância.
O brilho do sol.
Como se o mundo fosse.
Apenas um conglomerado de trevas.
O homem se perde.
Em seu olhar interminável.
Acreditando na realidade.
Transparente do cone.
Sendo o mesmo tão somente.
A ilusão projetiva dele.
A luz o brilho das trevas.
O sol a distância do tempo.
Aqui nesse mundo.
O momento esquecido.
Realizando no presente.
Eterno.
Recomeço das coisas.
O permanente reinício.
Freneticamente sem sentido.
O homem volta para si mesmo.
Projeta-se em frente às paredes.
Sem ver a extensão da luz.
Imagina um ponto azul distante.
O mundo é o significado indelével.
Das flutuações infinitas.
Concede a concepção a cada passo.
Como se tudo fosse.
A limitação às ideias das coisas.
Mas o fundo da parede.
É apenas um sinal não significativo.
Devo dizer apenas a realização.
Projetiva dos meios não reais.
A não possibilidade de ver a extensão.
Da luz que determina o ponto azul.
O que se poderá ser de algum modo.
Apenas um ponto escuro e tenso.
Como se a verdade do mundo.
Fosse a sua interminável escuridão.
Edjar Dias de Vasconcelos.