Barbárie inédita.
Neandertal urbano, animal em tons de loucura:
o polegar revolucionário das primeiras mãos,
em retaguarda, os outros quatro dedos furiosos.
A selvageria hereditária nas copas das árvores,
da vida embebida de barbárie e instintiva.
São bem mais frias as casas de pedra na cidade,
as esquinas esquartejam a paz original.
A visão não é mais que medíocre, insossa,
aos moldes do cifrão, sem escapatória.
A soberba cerebral da cachola tão crescida,
ervilha expandida, o broto da pedra lascada.
A vida lascada agora, nos hospícios da cidade.
E o beco sem saída no crânio sobre o travesseiro:
um fóssil estúpido e parasitário ao natural.