PELE
Busco tua pele...
Nas gotas molhadas do orvalho da madrugada
No quarto escarlate
Onde as carrapadeiras cacheadas crescem desassombradas pelas janelas
Cujas cortinas retratam a decadência vulgar urbana
Teu corpo queima como lenha seca
Falas meu nome num gemido sussurrado
Tua boca sacia a fome de meus lábios
Teus seios: Duas maças rosadas suculentas
A fitar-me sem censuras
Somos duas almas a profanar a madrugada
A nos perder no reino do fogo
Buscando saciar nossa carne, nossa pele...
Escrito por Clemilza Maria Neves de Oliveira