EU SOU A VIDA, EU SOU O PRÓPRIO AMOR!

Estou sempre tentando fazer a minha frustração virar uma resignação, e pela primeira vez faço coisas sem sentido, sem sentir emoção. É como partir um coração em partes nada igual, em vez de virar vírgula, permaneço no ponto final, ou simplesmente faço um rabisco. É assim quando se perde o elo que nada pode substituir, ou para ser guiado sem dirigir, sem conserto, e desfeito pela luz do hoje, que volta para nos unir.

Lanço pelos ares no deserto dos meus pensamentos, palavras secas, que contagiam os sentimentos amargurados, como fagulhas de brasas incandescentes, que são como pedaços do nosso sol interior queimando os nossos momentos , e desatando completamente os laços de todos os nossos anseios que teimam em nos controlar, com as melhores palavras que consigo escrever, até maturar a saudade que não me deixa, e os lamentos que me torturam de queixa.

Assim, desocupei o meu céu para receber novas estrelas, apostei cada palmo desse caminho imaginado, para que nada possa dar errado, e que seja só de um olhar calmo e penetrante, sem surpresas, mas, com uma frequência constante, o brilho do diamante, a nossa luz radiante. Estou agora encarando uma mudança nos meus pensamentos, nos relacionamentos insatisfatórios, nos aborrecimentos, e me dispor a outros desafios.

Só espero que uma lógica superexperiente me diga o que fazer e porque fazer. As palavras sempre vêm me ajudar a fazer isso, sei que a intuição move a ação do mundo efêmero, do potencial, para o mundo do poder e da presença.

É quando sempre me dou conta das passagens abertas, do agora que sou uma bola sem cristal, um anel sem pedra, um veio sem ouro, uma mina sem tesouro, um brilho sem ser diamante. Sou apenas o vento que sopra por dentro da minha própria mente, sou a promessa a ser cumprida, sou o som mesmo sem instrumento, sou o obrigado de todo agradecimento, sou a Meca de todas as respostas a todas as perguntas, sou o volume de todos os líquidos, sou o balsamo de todas as dores, sou o perfume de todas as flores, sou a raiz da flora e o instinto da fauna, sou a marca de todos os produtos, sou o eco de todo sistema, sou agora o termo do meio, sou o resultado de toda ação, sou o palco principal de toda peça, sou a inspiração de todo poeta, sou a coragem do medo, a fartura da miséria, sou a escala para medir o tempo, sou o método que não pode ser ensinado, sou o sonho ainda não realizado, sou a canção que ainda não foi composta, sou o sonho de uma resposta, sou o bloqueio e o anseio de todo escritor, eu sou a vida, eu sou o Amor.

Marcus Paes
Enviado por Marcus Paes em 04/08/2014
Reeditado em 29/06/2018
Código do texto: T4909016
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