A Eternidade das Coisas.
A morte anuncia abertamente.
O fim do individuo.
Mas o individuo que morre.
Reside na pessoa dele.
O gene que é o começo do novo ser.
Exatamente.
A continuidade de o velho ser.
A permanência da mesma coisa.
O fundamento do único princípio.
Possível à natureza das coisas.
A essencialidade das mesmas leis.
Portanto, a morte.
Não poderá ser a morte.
O universo é sua eterna repetição.
Do mesmo modo o ser.
A substância permanece.
Para sempre.
O ser sendo ou não sendo.
Há apenas uma causa.
As variações são produtos.
Das essencialidades acidentais.
Formas e não subtratos.
O que significa objetivamente.
Tudo que existe.
Tem a mesma natureza.
O mundo de fato.
É o res-extensus cartesiano.
Somos extensões.
Do mesmo fundamento.
Do único princípio.
Motivo pelo qual.
Tudo é interligado.
Até o estrume dos bois.
Se tocar em um grão de areia.
Os bilhões de universos.
Paralelos.
Movimentam-se.
Desse modo.
A morte não é ela mesma.
Muito menos a vida.
Tudo que nasce é exuberantemente.
Muito velho.
E o que é essencialmente velho.
É novíssimo.
A vida.
O universo.
Os mundos paralelos.
Todas as coisas.
São repetições intermináveis.
Sem lógica.
Sem finalidade.
Sem objetivo.
As coisas se repetem.
O movimento da continuidade.
Da matéria.
É o grande fundamento do universo.
Que por natureza é eterno.
Edjar Dias de Vasconcelos.