ESTIO DE OUTONO.

Folhas que caem,

Estiagem outonal,

Tantos olhares,

Fitam as paisagens,

Imagem surreal!

Vento que sopra,

Levam aos ares,

Em sutilezas,

Mãe natureza,

Vão aos milhares!

Noites e sombras,

Descem serenas,

São similares,

Por fim passarem,

Horas amenas!

E um céu bordado,

Pingos de fogo,

Com grande lua,

Descontinua,

O grande jogo!

Que faz azul,

Lençóis e mares,

Na imensidão,

Fende-se o chão,

Se encolhe os ares!

Sacode-se forte,

Abóboda celeste,

Como atavios,

Mui’ arredio,

Campa se veste!

Como embalar,

Ondas revoltas,

Mãe natureza,

Toma tal presa,

Furiosa e solta!

Tintila o sino,

Com som além,

Geme andarilho,

No rude trilho,

Que vai e vem!

Retine o canto,

Com sorte retida,

Pingos de chuvas,

A cobrir qual luva,

De anseios vidas!

Cosme B Araujo.

31/07/2014.

CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 31/07/2014
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