MOMENTOS (Florescência) Homo sapiens... (Quem sabe!?)

HOMO SAPIENS... (Quem sabe!?)

Fila Sabino

Quem sabe o homem ainda durma a vida em sono-sonho constante

Definido e coeso

Como qualquer coisa nenhuma

Ou mesmo outra coisa qualquer

Concreto, lúcido e bonito

Tinto, suave e frisante!?

Quem sabe um sonho-álacre-âncora-virtude

De coisa nenhuma estranha

Preciso de perfeição

Perfeito de confiança

Previsto ou nunca visto

Por si enquanto criança!?

Quem sabe um sonho-néctar-essência-luz

Alimento que força o todo do tudo

E sobre tudo persista

Num movimento perpétuo

Sem que se verse, retrate ou exista!?

Quem sabe um sonho-vinho-sólido-marcante

Destilado da verve de todos os egos...

Receptivo em profusão

Crist(o)alizado e farto

Latência ao longe ou ao perto

No universo imago e ufano

Do seu efêmero coração em parto!?