Esperando o eletricista

Ao romper apenas um fio,

o notebook apagou

e os livros permaneceram na estante quietos,

em posição de alerta, me olhando.

Pus a cara pra fora da janela e mergulhei no tempo e nas coisas.

Eram as mesmas ocorrências e homens.

Mas uma profusão de raios trazia, ininterruptamente, todas as cores.

E já não importavam mais as teclas, os fios,

a posição do planeta e dos ponteiros do relógio.

Eu estava ali, surpreendida, diante do mesmo sol que nunca se põe.

Cristina Ribeiro rj
Enviado por Cristina Ribeiro rj em 29/07/2014
Reeditado em 07/11/2017
Código do texto: T4901911
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