Obediência
Amanhã eu vou amar e odiar.
Meu punho irá se erguer e contra mim ele irá se debater.
Meu soco será forte e preciso.
Contanto que doa e que eu sangre.
E as gotas que cair que manchem minhas mãos.
Que me obriguem a me perdoar.
O castigo a mim mesmo irá me limpar.
De memorias profanas que nunca irão se apagar.
Mais que preciso guardar.
Assim saberei quem sou.
Pois o mal um dia há de voltar.
Mesmo que seja o mal.
Nada é perfeito neste mundo.
Por que irei de ser.
Sou servo de vontades desconhecidas.
Sabedoria terá assim que chegar o tempo.
Com isso termino este rascunho.
Espero que não me entenda mal.
Sempre a observei.
Li o que me escreve.
Estudo o que me explica.
Debato o que sugere.
E sigo o que me aconselha.
Entendo o que suplica.
Atendo o que anseia.
Sou apenas o que quer que eu seja.
Não, sou o que sou, pois fui feito para obedecer.
Aquela que me guiar será a quem devo amar.
Em todo o caso, prazer em te conhecer.