Obediência

Amanhã eu vou amar e odiar.

Meu punho irá se erguer e contra mim ele irá se debater.

Meu soco será forte e preciso.

Contanto que doa e que eu sangre.

E as gotas que cair que manchem minhas mãos.

Que me obriguem a me perdoar.

O castigo a mim mesmo irá me limpar.

De memorias profanas que nunca irão se apagar.

Mais que preciso guardar.

Assim saberei quem sou.

Pois o mal um dia há de voltar.

Mesmo que seja o mal.

Nada é perfeito neste mundo.

Por que irei de ser.

Sou servo de vontades desconhecidas.

Sabedoria terá assim que chegar o tempo.

Com isso termino este rascunho.

Espero que não me entenda mal.

Sempre a observei.

Li o que me escreve.

Estudo o que me explica.

Debato o que sugere.

E sigo o que me aconselha.

Entendo o que suplica.

Atendo o que anseia.

Sou apenas o que quer que eu seja.

Não, sou o que sou, pois fui feito para obedecer.

Aquela que me guiar será a quem devo amar.

Em todo o caso, prazer em te conhecer.

Aldair FJ
Enviado por Aldair FJ em 27/07/2014
Código do texto: T4899072
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