O ANDARILHO
Sentado na porta de uma casa
Com a roupa tão suja e rasgada
Olhar perdido nos caminhos da vida
Olhando sempre para o nada
Dormindo sempre nas ruas
Sozinho nas estradas da vida
Sem lar sem cama e trabalho
Sem amigos sem teto sem comida
Vive sem destino perambulando
Pelas ruas e desperta com o sol
Não tem cama nem colchão pra dormir
E nem tão pouco ele tem lençol
Dorme na calçada sobre um papelão
Sob a marquise ou no banco da praça
Que vida triste e tão maluca
Que vida sofrida e sem graça
Um dia foi gente teve um lar e filhos
Uma casa bonita uma linda mulher
E hoje sozinho ele anda nas ruas
Mas na verdade não é isso o que quer
Saudade hoje é a companheira fiel
Todo dia toda hora é só sofrimento e dor
Queria ter de novo sua Família querida
Sua casa seus filhos sua esposa seu amor
Poesia: M. Ednira P. dos Santos