Falsa Epifania

Falsa ilusão em que mergulhei,

Terei eu a humildade dos mestres,

Para reequacionar o sentido da vida,

Há tão pouco tempo julgado desvendado,

E novamente e sempre posto em causa,

Na sua essência tangente mais viral.

Falsa modéstia que me encheu a alma,

Orgulhosamente só julguei perscrutar,

O silêncio da transumância cósmica,

Que me sufocou de presunção alienada,

Não me serviu de nada a luz epifania,

Que um dia julguei ter em mim incidido.

Falsa ausência de arrogância que esconjuro,

A maldição da indiferença absorta que instaurei,

A noção do ridículo que me absorve de comoção,

As inenarráveis teias dos pesadelos que me assaltam,

As noites mágicas transcendentes que idealizei,

Para morrerem na infinidade das probabilidades.

Lisboa, 27-8-2013

Paulo Gil
Enviado por Paulo Gil em 23/07/2014
Código do texto: T4893385
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