VIVENDO
Vou vivendo e me surpreendendo,
com o “humano” que às vezes se mostra tão “animal”,
com o “animal” que se mostra tão “humano”.
Vou vivendo e me surpreendendo,
com os beijos e carinhos tão cortantes,
com os acoites tão amáveis.
vivendo e me surpreendendo,
com a falas docemente amargas em falsidade,
e com os gritos de repreensões tão afetuosos.
Vou vivendo e me surpreendendo,
com a vida, vida essa que horas sofrida, e horas benditas.
Minutos que são eternidade,
E eternidade que são minutos,
horas que amargamos em lagrimas,
e horas mergulhamos em alegria.
Por isso vivo e me surpreendo,
Pois vivendo vejo a vida do outro,
do outro que supera
que amadurece,
que alcança sonhos e se estabelece,
Vida do outro...
que chora a perda,
que lamenta na partida
que sofre
que fraqueja
que sente a ferida
Vida que com dores e alegrias,
risos e lagrimas,
me surpreende, me dar sentido,
e me faz viver.